Pesquisadores divulgam impacto da lagarta Helicoverpa em Mato Grosso do Sul

Evento será no dia 25 de setembro, em Dourados; abertura oficial da safra de soja acontece no dia 24, com a presença do ministro Neri GellerOs primeiros resultados da pesquisa sobre o ataque da lagarta Helicoverpa armigera, conhecida pelo seu alto potencial destrutivo, nas lavouras de Mato Grosso do Sul serão divulgados em Dourados, no dia 25 de setembro. O workshop "Mapa da Helicoverpa" reunirá pesquisadores envolvidos na identificação da praga, em palestras e debates a favor de estratégias para o controle da lagarta.

• Estudo aponta alternativa para controle da helicoverpa

Durante três meses, 12 profissionais de diferentes entidades de pesquisa monitoraram 82 armadilhas por semana, em lavouras de milho, soja e algodão de 26 municípios. Em diferentes regiões, coletaram mariposas, que foram encaminhadas para laboratórios do Rio Grande do Sul, para identificação detalhada.

– Posteriormente a este trabalho, conseguiremos entender o comportamento da Helicoverpa nas lavouras de Mato Grosso do Sul, verificar as regiões de maiores incidências e identificar a melhor forma de manejo – indica o gestor técnico da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), Lucas Galvan.
 
Estados como Alagoas, Mato Grosso, Bahia, Minas Gerais, Goiás, Piauí e Mato Grosso do Sul decretaram estado de emergência fitossanitária durante o ciclo 2013/2014 da soja. Neste período, profissionais da Aprosoja/MS pesquisaram propriedades do Estado e verificaram que além da Helicoverpa armigera, as lavouras tiveram de lidar com ataques da lagarta da soja, lagarta elasmo e falsa medideira. Segundo a Associação, as infestações dessas pragas no ciclo passado foram identificadas de forma precoce, possibilitando ações preventivas para o controle.
 
Segundo o diretor executivo da Fundação MS, Renato Roscoe, os dados que serão divulgados já podem ser utilizados na prática pelo produtor rural.

– Além de servir como subsídio para o controle da Helicoverpa, a pesquisa colabora com o agricultor, indicando estratégias de convivência com a praga, que estará presente nas lavouras do Estado por tempo indeterminado – destaca Roscoe.