A reunião foi marcada antes mesmo das ocorrências de contágio da Influenza A (H1N1). A finalidade era discutir a crise na suinocultura, que teve os preços reduzidos no final do ano passado, deixando os produtores em dificuldade, com a falta de crédito e endividamento. A ocorrência da Gripe A, no entanto, motivou a discussão na comissão em torno da repercussão que o assunto está tendo no país e no mundo.
O senador Augusto Botelho (PT-RR) disse que, como médico pode assegurar que a carne suína “não oferece perigo para a transmissão de qualquer doença, quando cozida adequadamente”.
O presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína, Pedro Camargo Neto, disse que os produtores catarinenses estão preocupados com o assunto, uma vez que a doença não foi identificada no Brasil, nem na população nem no rebanho suíno, mas há temor de que a desinformação possa criar um clima irreal que prejudique as vendas.
O senador Raimundo Colombo (DEM-SC) defendeu que “o governo precisa informar melhor à população e de forma mais adequada, sobre a Influenza A”.
? O Ministério da Saúde tem que fazer uma campanha clara, tranqüilizando a população, que elevou o consumo de carne de porco per capita de 12 quilos para 14 quilos no último exercício ? segundo ele.
A Comissão de Agricultura do Senado vai convocar os presidentes do Banco do Brasil e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para abordar a questão do crédito para a suinocultura. O deputado Waldir Collato (PMDB-SC), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária na Câmara, disse que é preciso cautela num momento em que os Estados Unidos e o Canadá, que respondem por 40% das exportações mundiais de suínos, estão com problemas com a doença.
O presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína, Pedro Camargo Neto, afirmou que as normas dos bancos para contratação de crédito não se aplicam à situação de crise que está sendo vivida, por isso atualmente não foi contratado nem 1% do crédito prometido pelo governo, desde o início da crise econômica, iniciada nos últimos meses do ano passado. Ele diz que o destravamento do setor não depende do Ministério da Agricultura, mas do Ministério da Fazenda.