São Paulo registra recorde na cotação de suínos no país

Aumento da demanda e diminuição da oferta explicam bom momentoO Estado de São Paulo tem a maior cotação de suíno no país. Os negócios já atingiram o recorde de R$ 93 por arroba para pagamento em sete dias, ou quase R$ 5 por quilo, 20% mais que em outubro do ano passado. Em São Paulo, a oscilação de preços é maior porque os produtores são independentes, diferente do que acontece no Sul, onde a maior parte trabalha integrada à agroindústria. A tendência é que os valores continuem subindo.

O presidente da Associação Paulista dos Criadores de Suínos, Valdomiro Ferreira Júnior, aposta que a arroba pode chegar a R$ 100 no Estado, já que as festas de fim de ano aumentam a demanda até dezembro.

A relação de troca entre a principal ração e o preço do animal está vantajosa. Em São Paulo, nos últimos anos, um quilo de suíno comprava em média sete quilos de milho e agora compra 10. A queda dos preços dos grão reduz os custos da suinocultura, um alívio para o setor que se recupera de um período de preços baixos, quando a arroba valia menos da metade do que vale hoje.

O período permitiu a reposição das matrizes que tiveram que ser abatidas durante a crise de 2012. Agora, os produtores não têm interesse no aumento de plantel e sim em incrementar a produtividade.

O aumento das exportações para a Rússia e a diarreia suína, que afeta o setor em países com grande produção como os Estados Unidos, são fatores que colaboram para manter os preços em alta, mas o setor prefere não comemorar e esperar para ver como o mercado vai se comportar no próximo ano.

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