O resultado do estudo acabou levantando uma polêmica entre os produtores de leite, que dizem que a diferença não está chegando ao bolso na hora de vender o produto.
Há 15 dias não chove na pequena propriedade de 30 hectares do produtor rural Divino Ribeiro da Silva no município de Santo Antônio de Leverger. Na área, ele cria um rebanho de 15 vacas leiteiras e seis novilhas. Com a pastagem comprometida, o produtor busca recursos para tratar os animais.
– É difícil nessa época porque não chove, os pastos secam e temos que mexer com a ração – comenta.
Mesmo com todo trabalho, a alimentação não é suficiente para nutrir o pequeno rebanho de vacas na propriedade. O resultado aparece na hora dos animais produzirem o leite, que é a principal fonte de renda do agricultor: a produção que durante a época das águas chega a 100 litros, agora caiu quase pela metade.
Com a queda na produção, os preços do litro do leite vêm apresentando valorização. Em média, os produtores receberam no mês de agosto R$ 0,85 por litro. No mesmo período do ano passado estava em R$ 0,83. A alta já começa a refletir no varejo, principalmente nos derivados.
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Apesar da alta das cotações, o produtor afirma que não tem o que comemorar.
– Por que não chega esse aumento para o produtor? É difícil esclarecer, porque a gente produz a gente luta, mas vai vender não tem valor, e aí a gente vai comprar na cidade os produtos já tem preço né, e o produtor sai prejudicado. Porque o leite não tem valor. O valor que o laticínio está pagando para nós aqui é de R$ 0,80 o litro, isso não paga o custo de produção – afirma o produtor.
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