– Não tem como preço baixar o preço se teremos aumento nos custos. A mão de obra, energia e combustível também impactam na produção – diz.
Lelis diz que a falta de energia elétrica atrapalha a ordenha e paralisa os tanques cheios de leite, que ele teme perder. O pecuarista relata que está pagando R$ 2 mil de luz, aumento de 15%. Além do custo da mão de obra que subiu 8%.
Para a manutenção de 240 animais, sendo 137 vacas em lactação, o consumo de silagem chega a sete toneladas por dia, já que a pastagem continua seca.
Oscilações de preço
Levantamentos feitos pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) mostraram a estabilidade dos preços durante todo ano, mesmo na entresafra, quando geralmente tem oscilações no valor do litro.
– O ano começou com valores um pouco com alta de 2013, porém, depois deu uma queda e estabilizou passando este ano pela entresafra, com preço estabilizado do leite – disse o superintendente técnico adjunto CNA, Bruno Lucchi.
O superintendente explica que a queda nos preços ate o final do ano é inevitável porque os produtores estimularam a produtividade e está sobrando leite no mercado.
– Dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) mostram que a captação de agosto aumentou 13% em relação a gosto de 2013. Isso mostra teve estimulo da alimentação e isso foi significativo – diz Lucchi.