Entre os componentes do IGP-DI, o Índice de Preços por Atacado (IPA), que responde por 60% da formação da taxa global, recuou 0,10%, depois de cair 1,46% no mês anterior. Os preços dos produtos agropecuários avançaram 1,36%, depois de terem apresentado queda de 2,37% no mês anterior. Os preços dos produtos industriais caíram em abril, mas de forma menos intensa do que em março, passando de ? 1,16% para – 0,58%.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que contribui com 30% na formação geral do IGP-DI, desacelerou na passagem de março para abril (de 0,61% para 0,47%), influenciado pelos preços dos alimentos, que subiram menos (de 1,25% para 0,64%). Esse comportamento foi puxado pelos preços das frutas (de 6,47% para 1,03%), dos pescados frescos (de 3,32% para ?0,31%) e hortaliças e legumes (de 5,27% para 4,47%).
Ainda com decréscimos nas taxas aparecem os grupos transportes (de 0,13% para ?0,14%), com destaque para álcool combustível (de ?1,03% para ?4,15%); educação, leitura e recreação (de 0,13% para ?0,19%), influenciado por passagem aérea (de ?2,26% para ?13,96%); e habitação (de 0,38% para 0,28%), com a contribuição de empregada doméstica (de 2,58% para 0,86%).
Por outro lado, aceleraram os preços de despesas diversas (de 0,60% para 2,43%), puxados pelo aumento nos cigarros (de 0,85% para 7,48%); saúde e cuidados pessoais (de 0,64% para 0,99%), com a influência de medicamentos em geral (de 0,34% para 2,71%); e vestuário (de 0,26% para 0,49%), principalmente roupas (de 0,15% para 0,69%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que contribui com apenas 10% na formação do IGP-DI, registrou em abril queda menos intensa do que em março (de ? 0,25% para – 0,04%). Aceleraram os preços de Serviços (de 0,09% para 0,25%) e Mão-de-Obra (de 0,10% para 0,58%). Já o grupo materiais e equipamentos (de ?0,71% para ?0,77%) apresentou decréscimo em sua taxa de variação.
De acordo com a Fundação Getulio Vargas, o IGP-DI faz parte de uma cesta de índices aplicados para reajustes de tarifas públicas, contratos de aluguel e planos de seguros de saúde de contratos antigos. Durante muitos anos, o índice foi utilizado como base de reajustes de tarifas telefônicas. Para o cálculo da taxa de março, os preços foram coletados entre os dias 1º e 30 de abril.