Conforme a empresa, até o dia 31 de outubro, 27% da área prevista estava plantada, ante os 41% registrados em igual período de 2013 e 43% de média dos últimos cinco anos. No Centro-Oeste, os trabalhos avançaram mais, com 38% da área semeada, ante 63% registrados em período equivalente do ano passado.
Com o atraso nos trabalhos no campo e a necessidade de replantio em algumas regiões, a Céleres reforça que a oferta da oleaginosa em janeiro deve ser restrita e a concentração da colheita em fevereiro tende a elevar os custos de frete.
Em sua quarta estimativa, a Céleres manteve projeções de área plantada e produção em 31,2 milhões de hectares e em 91,35 milhões de toneladas, respectivamente.
A consultoria mostrou também que, apesar da recuperação dos preços internacionais da oleaginosa nas últimas semanas, a comercialização mantém-se atrasada. Até o fim de outubro, 12% da safra estava comprometida, ante 32% apurados em outubro do ano passado. Da safra 2013/2014, 93% já foi negociada.
Milho
O atraso no plantio da soja eleva a preocupação com o milho de segunda safra, mas a Céleres manteve estimativas de área plantada e rendimentos.
– Até o momento, há expectativas quanto à redução da janela de plantio da segunda safra de milho, de inverno, o que pode, futuramente, resultar em uma diminuição da produtividade. Entretanto, isso deve ser confirmado apenas após o desenvolvimento da planta – relatou a empresa.
A safra 2014/2015 de milho de inverno está estimada em 8,54 milhões de hectares (+1% ante o ciclo 2013/2014), e a produção está projetada em 49,1 milhões de toneladas. O milho verão, que deverá ocupar 6,64 milhões de hectares, tem 50,3% da área plantada, de acordo com o levantamento da Céleres, em linha com o registrado em anos anteriores.
A consultoria lembrou ainda que, apesar da reação dos preços do cereal no mês de outubro, por causa das especulações sobre o clima no Brasil e também pela valorização do cereal na Bolsa de Chicago (CBOT), a tendência para o mercado ainda é baixista, em virtude da ampla oferta mundial.
Algodão
As estimativas da Céleres para algodão também foram mantidas. A área plantada deverá ser de 899 mil hectares, enquanto a produção somará 1,43 milhão de toneladas. As duas estimativas representam queda de 18% antes os números obtidos na safra 2013/2014. A Céleres alerta para a pressão sobre os preços da pluma e afirma que a cotação média ao fim de outubro, de R$ 1,6420 por libra-peso, é a menor desde janeiro de 2013.
Segundo a consultoria, além da menor demanda chinesa, o mercado de algodão deve ser pressionado pela queda dos preços do petróleo, que reduz o custo da fibra sintética.