O produtor rural de Camapuã Bruno Grubisich considera a técnica como um avanço quanto à biotecnologia e reprodução. Segundo o pecuarista, esta tecnologia permite ter maior precisão ao se multiplicar o rebanho.
– A quantidade de informação é muito maior nos indivíduos replicados, já que estes vêm de doadoras e reprodutores provados, fruto de um intenso trabalho de seleção, gerando, além de qualidade, uma maior padronização do rebanho – diz.
O uso da biotecnologia é considerada essencial na produção dos reprodutores e para a evolução do plantel de Grubisich que, a cada safra, tem superado todas as expectativas técnicas e comerciais.
– Quando utilizada a FIV, percebemos um claro salto evolutivo. Aquelas características como precocidade, fertilidade e ganho de peso, que levavam três ou quatro gerações para serem efetivamente inseridos no rebanho, agora acontecem em uma só. Quando aplicamos a técnica em uma vacada que também é fruto do uso dessa tecnologia, os resultados são ainda melhores – pontua.
Com resultado bem sucedido em Mato Grosso do Sul, o produtor rural passou a ampliar os investimentos no mercado da agropecuária e comercializar a genética conquistada. Para conseguir multiplicar e difundir esse agregado de seleção, decidiu fazer uso da ferramenta da produção in vitro de embriões a fim de aumentar o benefício de outros pecuaristas.
– Os produtores rurais passam a adquirir um produto duplo: a própria vaca e seu ventre, constituído de acasalamento dirigido, oriundo das matrizes do alto escalão, com touros líderes genéticos. Além de qualidade, adquiri-se maior variabilidade genética, que é bastante desejável em qualquer programa de seleção – enfatiza.