Mauricio explica que técnicas como a ensilagem e a fenação, se bem feitas, podem assegurar uma alimentação nutritiva para o gado de leite nos meses de pouca chuva e nos quais a quantidade de pasto é menor. O agrônomo informou que o silo pode durar de cinco a dez anos, enquanto que o feno chega ao máximo de dois anos.
? Na seca, a energia é o grande gargalo da produção de leite ? ressaltou o engenheiro agrônomo.
Ele explica que as exigências nutricionais do rebanho leiteiro requerem fontes de energia, proteínas, minerais e vitaminas.
No final de abril, 40 bovinocultores de leite participaram de encontro rural sobre conservação de forragens, no sítio Lagoinha, em Lagoa de Dentro. O evento, realizado pelo Sebrae com o apoio da Prefeitura de Lagoa de Dentro e da Universidade Federal da Paraíba, usou plantas presentes nas áreas rurais e que, por desconhecimento, não são usadas para a alimentação do gado, apesar de serem boas para a produção do leite. A iniciativa faz parte das ações do projeto ‘Leite e Derivados na Borborema’.
Segundo o gestor do projeto, Fernando Ivo, atualmente a oferta de forragens para o gado na seca é um dos principais entraves no manejo nutricional de pequenos sítios, respondendo, em partes, pela elevação dos custos da produção de leite nas propriedades rurais do Brejo. Ele explica que se bem preparado, o produtor pode aumentar sua margem de lucro e garantir o devido escoamento da produção.
O projeto é articulado pelo Sebrae em parceria com prefeituras de Logradouro e Caiçara, Universidade Federal da Paraíba, Banco do Brasil e Banco do Nordeste. O objetivo é aumentar a competitividade do bovinocultor de leite, com aumento da produção e melhoria da genética.