O deputado Onyx Lorenzoni (DEM/RS) foi o autor do requerimento que questiona a decisão do Mapa de oficializar o Lanagro de Pedro Leopoldo (MG) como uma segunda opção para testes de vacinas contra febre aftosa. Ele argumentou que o interesse não seria técnico, e sim comercial.
– Aí tem muito mais do que questão técnica, que estou chamando a atenção. O senhor tem uma estrutura no Rio Grande do Sul, que funciona há 40 anos e que está subutilizada, utiliza metade da estrutura. O argumento é: vamos deslocar isso lá para Minas Gerais, no lugar que tecnicamente não se sustenta, vamos habilitar produtores que não tem a história de ter animais sensíveis, todos são vacinados. Onde vão arrumar os animais? Vão importar do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, levar para começar a reproduzir. Isso que estou chamando atenção – argumenta Lorenzoni.
O ministro afirmou que o Lanagro de Minas Gerais vai servir como apoio para casos de emergência. Mas prometeu que o Ministério vai estar aberto para uma discussão técnica sobre o assunto.
– Tem outras fundamentações técnicas, com certeza vamos levar em consideração. E nós vamos voltar a conversar sobre isso, tecnicamente, com tranquilidade, lá no Ministério, ou aqui na Comissão de Agricultura – acalmou Geller.
O coordenador técnico dos laboratórios do Mapa, Leandro Barbieri, comentou que as questões são muito técnicas e que sempre são feitas análises de riscos.
– Tenho certeza que esse assunto vai ser amplamente discutido, se obervando, se respeitando todas essas questões. Nenhuma decisão é tomada de maneira arbitrária, sem muito embasamento técnico.