Centro-Oeste deve receber R$ 6 bilhões para infraestrutura

Anúncio dos recursos foi feito nesta quarta, dia 17, em um fórum sobre o desenvolvimento da região, em Brasília (DF)O governo federal deve liberar mais de R$ 6 bilhões para investimentos em infraestrutura na região Centro-Oeste, no próximo ano. O anúncio foi feito pela Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), ligada ao Ministério da Integração Nacional, durante um fórum sobre o desenvolvimento do agronegócio na região, em Brasília (DF). 

Para a entidade, os maiores investimentos devem ser feitos na industrialização da região que, mesmo sendo a maior produtora de grãos do país, ainda está atrasada em agroindústrias.

– A grande necessidade de fazer com que o Centro-Oeste também se destaque no cenário industrial está focada na formação de emprego e renda, por meio da agregação de valor na própria região. Hoje, nós somos os maiores produtores de commodities, maiores produtores de proteína animal e temos feito a venda desses produtos in natura. Então, a partir do momento em que nós atrairmos empresas para fazer essa transformação, vai disparar toda uma cadeia produtiva focada nisso – projetou o superintendente da Sudeco, Cleber Ávila.

Os recursos disponíveis no Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) são de R$ 5 bilhões para 2015 e no Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (FDCO), são de R$ 1,2 bilhão.

O pequeno, médio, ou grande produtor que quiser acessar os recursos, deve procurar uma das instituições financeiras que trabalham com o FCO. O Banco do Brasil é uma das possibilidades, presente em todos os Estados da região. Já o montante do FDCO é destinado apenas para grandes empreendimentos e, para ter acesso, a empresa precisa fazer uma consulta prévia na Sudeco. 

O Ministério da Agricultura (Mapa) também teve participação no fórum, um dos diretores da pasta destacou a importância do crescimento da região, aliado ao desenvolvimento sustentável. Ele lembrou que o Ministério tem políticas de incentivo fiscal, voltadas para a sustentabilidade, como o programa ABC e o Inovagro.

– Você tem que assumir as questões de melhoria de infraestrutura, tem que atender a questão trabalhista, atender às questões ambientais, os processos de certificação que, hoje, alguns mercados exigem; implantação de boas práticas, uma série de questões que as linhas tradicionais nem sempre dão o suporte para que o agricultor, o pecuarista, avance no seu sistema de produção – diz José Guilherme Leal, diretor do Departamento de Sistema de Produção e Sustentabilidade do Mapa, José Guilherme Leal.