Os dois principais países consumidores procuram hoje alternativas com preços mais acessíveis, como refrigerantes e águas com sabor, que contém pouco suco. Os exportadores tiveram que encontrar uma solução para se manter no mercado
Há 10 anos, quando a produção mundial de laranja atingiu 2,5 milhões de toneladas, o produto concentrado representava 53% do volume total de sucos vendidos no mundo.
Analistas acreditam que a oferta hoje continua a mesma, mas a fatia no mercado de sucos diminuiu 37%. Quando a crise financeira interferiu nos preços internacionais de commodities, o suco de laranja, que não havia subido, também caiu.
Atualmente, as cotações em Nova York estão no mais baixo patamar em cerca de quatro anos. Uma alternativa encontrada pelo setor foi exportar o suco de laranja não concentrado, conhecido pela sigla NFC. Apesar da logística complicada e cara, criou-se um novo mercado para as indústrias no Exterior.
Para a União Europeia, principal destino das vendas brasileiras, os embarques de NFC, que custa 30% mais que o concentrado, aumentaram 23% ao ano entre 2003 e 2008, um aumento considerado surpreendente se levado em consideração que o consumo de suco de laranja nos Estados Unidos, o maior mercado do planeta, recuou 29% entre 2000 e 2008.