Na região de Paulínia, a redução das lavouras chega a quase 100%. O produtor Evandro Frigeri decidiu cultivar apenas dois hectares, e a perda de rentabilidade para ele foi de 40%.
– A plantação de hoje é 10% do que a gente plantava por causa da estiagem. Não tem água para irrigar, o reservatório está vazio, então não dá para a plantação – diz. Em 2013, a dúzia vendida por Frigeri era de R$ 20. Hoje, o valor caiu para R$ 12.
O engenheiro agrônomo Felipe Oliveira Magro explica que a falta de água impede a planta de absorver os nutrientes do solo, prejudicando o crescimento da hortaliça. Além disso, o cultivar fica mais suscetível a pragas e doenças. Para ele, o produto deve encarecer.
– Teve produtor que ficou três meses sem produzir direto e todos tem contrato. Então tem que ter o produto para entregar. Tem que buscar em outros lugares, o que vai encarecer um pouco – afirma.
A chuva dos últimos dias amenizou mas não resolveu o problema. É preciso chover mais para melhorar a produção e principalmente encher os reservatórios que são utilizados na irrigação das lavouras.