Uma das primeiras ações do novo governador foi a criação da secretaria de Desenvolvimento Agrário, para cuidar da agricultura familiar. Quem assuma a pasta é o técnico em agropecuária Glênio Martins de Lima Mariano.
À frente da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas, Pimentel escolheu João Cruz Reis Filho, engenheiro agrônomo e fiscal federal agropecuário.
A cerimônia de posse ocorreu na Assembleia Legislativa, de onde ele seguiu para a transmissão do cargo no Palácio da Liberdade, sede histórica do governo mineiro. O governador assinou o ato de nomeação dos secretários e reafirmou, em discurso ao público, o compromisso de fazer um governo participativo.
– Todos os mineiros serão ouvidos. As ruas sabem mais do que os gabinetes, todos queremos participar e todos vão influenciar nas decisões do governo. A forma de governo tem que ser contemporâneo, se reinventar, empoderar os únicos e verdadeiros donos do poder: os cidadãos e cidadãs de Minas Gerais.
Ao lado do vice-governador Antônio Andrade, o petista Fernando Pimentel venceu as eleições em primeiro turno, com 52,98% dos votos válidos, obtendo a preferência de 5,36 milhões de eleitores. O segundo colocado foi Pimenta da Veiga, candidato pelo PSDB, que teve 41,89%.
Além da secretaria de Desenvolvimento Agrário, na terça, dia 30, o governador anunciou mudanças no organograma da administração, criando outras três secretarias: Recursos Humanos, como parte da política de valorização dos servidores; Direitos e Cidadania, responsável pelos Direitos Humanos e Esportes, resultado do desmembramento da atual Secretaria de Estado de Esporte e Turismo.
A mudança também extinguirá o Escritório de Prioridades, que tem status de secretaria; a Ouvidoria-Geral do estado passa a ser subsecretaria vinculada à Secretaria de Direitos e Cidadania e a Representação do Estado em Brasília também perde o status de secretaria e se submete à Secretaria de Governo.
Biografia
Pimentel é economista e iniciou a vida política nos movimentos estudantil e sindical na década de 1970. Perseguido pelos órgãos de repressão, chegou a viver na clandestinidade e foi preso na ditadura militar. Em 1993, foi secretário da Fazenda de Belo Horizonte. Ele também ocupou a Secretaria de Governo, Planejamento e Coordenação-Geral da capital mineira.
Em 2000, Pimentel foi eleito vice-prefeito na chapa liderada pelo médico Célio de Castro, assumindo o cargo em 2003, após Castro sofrer um acidente vascular cerebral (AVC), e se reelegeu em 2004 no primeiro turno. Em 2010, disputou a eleição para o Senado, mas perdeu para Aécio Neves, assumindo, em 2011, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.