Em sua primeira manifestação como ministra da Agricultura, Kátia Abreu comentou que a pasta não deve sofrer com a redução de gastos por parte do governo federal.
Um novo planejamento para o setor de defesa agropecuária deverá ajudar o agronegócio brasileiro a ampliar suas exportações, avaliou ela, em seu discurso de posse. Nos últimos anos, a escassez de recursos tem dificultado o trabalho dos fiscais agropecuários, responsáveis por garantir a qualidade de produtos brasileiros fundamentais para o resultado da balança comercial brasileira, especialmente carnes e grãos.
– A efetivação do planejamento de defesa agropecuária vai consolidar nossa participação nos mercados nos quais já estamos e também facilitar o acesso a outros mercados. Ampliar o comércio exterior vai ajudar o Brasil a crescer – disse Kátia.
A ministra disse que a meta é garantir padronização, transparência e segurança no sistema, contando com a ajuda da iniciativa privada e da academia.
Nos últimos anos, não foram poucos os casos de produtos brasileiros que sofreram embargos em países compradores sob alegação de problemas sanitários. A nova ministra não comentou sobre recursos financeiros que serão destinados à defesa agropecuária.
Ela afirmou ainda que uma de suas metas será aumentar a classe média rural brasileira, retirando 800 mil produtores rurais das classes D e E.
Geller
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O ex-ministro Neri Geller ainda não tem cargo confirmado para o segundo mandato de Dilma Rousseff. Ele está em férias durante o mês de janeiro e, conforme a assessoria do Mapa, tranquilo quanto ao novo destino. Geller, transmitiu o ministério, afirmando que deixa a função, após nove meses de mandato, “com o sentimento de dever” cumprido.
Filiado ao PMDB, Neri Geller agradeceu ao partido por ter chefiado o ministério e se colocou à disposição da ministra. Ele é cotado para assumir a presidência da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
– Saio neste momento de cena, como ministro discreto, como meus antecessores foram, para contribuir como for possível com a ministra Kátia – disse, enfatizando que a pasta mantenha uma “posição firme para defender o produtor que está lá no campo no dia a dia”.
Geller destacou como ações importantes de sua passagem pelo ministério, desde 2013, o trabalho para elevar o Plano Safra de R$ 116 bilhões para R$ 156 bilhões em financiamento à produção agropecuária no país. Ele apresentou como principal número de seu período na Agricultura a previsão de atingir na safra 2014/2015 o recorde de 200 milhões de toneladas de grãos.
O ex-ministro também destacou o trabalho para levar os produtos brasileiros a mais países durante a sua gestão, como ações importantes para gerar superávit na balança comercial.
– Só no ano passado, nós abrimos o mercado de 11 países – concluiu.
