Brasil teve alta na produção de suínos em 2014

País também exportou 455,8 mil toneladas do produtoO ano de 2014 deve entrar para a história de quem trabalha com suínos. A recuperação dos preços e mercado aquecido foram os fatores que contribuiram para o cenário positivo. 

Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Brasil produziu em 2014 cerca de 3,470 milhões de toneladas de carne suína, alta de 1,75%. Já as exportações, até novembro, somaram 455,8 mil toneladas. A Rússia foi o país que mais comprou carne suína brasileira, com participação de quase 38%. O novos mercados podem ser abertos a curto prazo.

O diretor executivo da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Nilo de Sá, diz que 2014 teve queda nos custos de produção, principalmente pela queda nos preços das soja e do milho.

– Além disso, a safra americana de grãos foi excepcional, havia perspectiva de se tornar a melhor safra da história. Não se concretizou dessa maneira, mas foi uma das melhores da história e isso é muito importante para o mercado brasileiro. A gente precisa lembrar que a safra americana é cinco vezes maior que a nossa. Isso influencia positivamente o nosso negócio. A alimentação representa 80%, 85% do custo de produção de suínos, para o suinocultor foi muito bom. Do outro lado a gente teve uma demanda muito aquecida – explica.

– O Brasil está começando a pensar que pode melhorar muito a sua performance nas exportações e tem muito espaço pra isso. Estamos nos preparando para acessar mercados como Coreia do Sul, México, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Taiwan e a reabertura da África do Sul – salienta o vice-presidente da ABPA, Rui Vargas.

Para 2015 a expectativa é que novos desafios sejam superados.

– 2015 deve ser ano de recessão econômica e estamos firmes de que o consumo de alimentos seja a última opção do consumidor, em termos de redução. Vamos enfrentar outros desafios, mas acho que a cadeia já demonstrou que é possível enfrentar. A cadeia se superou em três grandes crises nos últimos dez anos. Estamos aí, crescendo e exportando – diz.

– Os preços devem seguir o mesmo patamar em 2015. Permanecendo assim, o produtor vai conseguir trabalhar, ter lucratividade, além de reinvestir no negócio para ser cada vez mais eficiente – conclui Sá.