Para a Fitch, os preços da gasolina na bomba não devem subir no curto prazo no Brasil, até porque estão abaixo daqueles obervados no mercado internacional. A última alteração feita pela Petrobras foi no início de novembro, quando a gasolina subiu 3% e o diesel, 5%.
A tendência natural, diz a agência, seria a petroleira baixar as cotações do combustível na refinaria para não perder competitividade frente outras companhias. Só que problemas logísticos e o real enfraquecido devem impedir que isso se concretize no curto prazo. De acordo com a Fitch, o único aumento da gasolina deve vir com a provável reintrodução da Contribuição de Intervenção sobre Domínio Econômico (Cide), zerada desde 2012 – embora o objetivo aí seja melhorar a arrecadação federal.
A Fitch acrescenta que os preços do etanol neste ano continuarão pouco competitivos em relação aos da gasolina, enquanto os do açúcar também terão pouca atratividade na Bolsa de Nova York. Do lado positivo, estão o aumento da mistura de anidro na gasolina, de 25% para 27,5%, e a redução do ICMS incidente sobre o hidratado em Minas Gerais, de 19% para 14%, que podem trazer algum alívio ao caixa das usinas, conclui a agência.