No interior, os preços apresentam oscilações divergentes entre as regiões, mas, na média, estão praticamente estáveis em relação aos observados em 30 de dezembro de 2014. Agora, com o início da colheita de soja, especialmente no oeste do Paraná e no norte de Mato Grosso, produtores começam a semear o milho segunda safra.
O Indicador Esalq/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP), caiu 3,25% entre 5 e 12 de janeiro, fechando a R$ 27,62 a saca de 60 quilos na segunda, dia 12. Se considerados os negócios também em Campinas, mas cujos prazos de pagamento são descontados pela taxa de desconto NPR, o preço médio à vista foi de R$ 27,14 a saca de 60 quilos na segunda, com retração de 3% no mesmo período.
Segundo o Cepea, em dezembro de 2014, as exportações foram de 3,4 milhões de toneladas, o maior volume mensal do ano, alta de 14,3% em relação a novembro e de 10,4% sobre dezembro/2013, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). O preço médio também se destacou, sendo o maior, em reais, do semestre. Foram US$ 184,36 por tonelada ou R$ 29,22 a saca de 60 quilos.
Mato Grosso
Em Mato Grosso, o mercado de milho registrou condições favoráveis em dezembro – especificamente, o câmbio e a demanda – que levaram a elevações nas cotações internas, impulsionando a comercialização do produto no mercado físico e em contratos futuros, diz o Instituto de Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
– Cerca de 1,6 milhão de toneladas da safra 2014/2015 foram negociadas em dezembro, elevando a comercialização futura para 22,3%, o que demonstra desempenho muito acima do observado na safra 2013/2014, quando conseguiu atingir este percentual apenas em abril – afirma.
O preço médio do milho no mercado futuro foi de R$ 15,60 a saca em dezembro, nível considerado satisfatório em relação à safra passada.
Para os próximos seis meses, o Imea espera que a demanda interna aumente mais, por conta da preferência tradicional dos exportadores pela soja no período.