O abate total de 2014 fechou 8,5% menor que o de 2013, ou seja, 500 mil cabeças a menos foram encaminhadas aos frigoríficos de Mato Grosso. A diminuição no abate de fêmeas foi o que mais influenciou este quadro, tendo em vista que 300 mil vacas deixaram de compor a escala de abate dos frigoríficos do Estado.
O desequilíbrio entre a oferta e a demanda elevou os preços de toda a cadeia. Os preços da arroba do boi e da vaca se valorizaram muito, com destaque para a vaca, que aumentou 35,9% entre jan/14 e dez/14, 2,6 pontos percentuais a mais que a do boi.
Com o início de mais um ciclo de retenção de matrizes, esta diferença tende a permanecer ou até mesmo diminuir. O Imea afirma que é hora de aproveitar e selecionar as melhores matrizes, descartando as que não emprenharem nesta estação de monta.
Retorno das fêmeas
O último mês de 2014 se caracterizou por um leve aumento na quantidade de fêmeas abatidas, passando de 156,6 mil para 188,3 mil cabeças entre novembro e dezembro/14, uma alta de 20,2%.
Dessa forma, a proporção de fêmeas encaminhadas aos frigoríficos em 2014 ficou em 44,62%, enquanto em 2013 elas representavam 45,78% do total abatido no Estado. Essa menor quantia, dentre outros motivos, foi consequência da expressiva valorização da reposição.
O bezerro de ano, por exemplo, custou R$ 823,23/cabeça em jan/14, e R$ 1.124,23/cabeça em dez/14, uma valorização de 36,57%. Os ganhos estimularam a retenção de matrizes por parte dos produtores.
Conforme o Imea, historicamente, no primeiro semestre do ano tem-se uma quantidade maior de fêmeas encaminhadas à linha de abate do que no restante do ano, porém, com o preço do bezerro nos atuais patamares, esse quadro pode não se concretizar neste primeiro semestre.