De acordo com o presidente da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), Alexandre Andrade, o governo precisa de recursos para melhorar a saúde fiscal do País e, por isso, tende a optar pelo retorno integral do tributo. “Isso deve dar R$ 10 bilhões ao governo”, calculou.
Andrade destacou que todos os detalhes a respeito da volta do imposto só serão apresentados na semana que vem, mas disse acreditar que o tributo pode vir acompanhado de redução do preço da gasolina. “A Petrobras tem essa margem agora”, comentou, referindo-se ao fato de o combustível fóssil estar mais caro internamente do que externamente em virtude da queda do barril de petróleo.
Esse seria o caminho contrário àquele ocorrido em 2012. Na época, a Cide foi zerada justamente para atenuar o impacto do aumento do preço da gasolina, mas acabou por prejudicar os produtores de etanol, que viram o hidratado perder competitividade nas bombas dos postos de combustíveis.
O Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, revelou ontem, 13, que a proposta para a reintrodução da Cide será discutida no próximo dia 21 em reunião que terá a presença da ministra da Agricultura, Kátia Abreu; do presidente do Fórum Nacional Sucroenergético, André Rocha; da presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Elizabeth Farina, e do presidente do Conselho Deliberativo da entidade, Roberto Rodrigues. Segundo Andrade, o encontro será no Ministério de Minas e Energia (MME), e o titular da pasta, Eduardo Braga, também participará.