O produtor Valcírio Hasckel, de Bragança Paulista, em São Paulo, teme perder 15% dos 450 hectares que plantou nesta safra verão, apesar da tecnologia de irrigação. Não chove na região há mais de 15 dias.
– Já estamos com déficit de chuva. É complicado. Gastamos dinheiro e ainda ficamos no prejuízo – disse ele.
O produtor colheu 25 mil sacas até o momento, quando o normal para o período seria entre 50 mil e 60 mil sacas.
No prejuízo, Hasckel até fez o seguro da safra, mas ele paga R$ 19 por saca perdida, enquanto teve custo de produção R$ 23 por unidade.
Para garantir o mínimo de produtividade, ele apostou no plantio de milho transgênico.
– Toda a lavoura é geneticamente modificada. Com a seca, o ataque das pragas é fortíssimo. Se não fosse essa tecnologia, a lavoura estaria triturada – afirmou.
Segundo o engenheiro agrônomo Paulo Roberto Acedo, da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral de Bragança Paulista (Cati), a situação pode piorar se a chuva não vier, prejudicando mais de 1 mil produtores que cultivam milho em 4 mil hectares.
Ele diz que não há muito que fazer na estiagem, a não ser um bom trato cultural.