Dólar recua por Copom e BCE

Moeda cai pelo terceiro pregão seguido e registra menor fechamento desde 3 de dezembroO dólar encerrou o pregão desta quinta, dia 22, com queda superior a 1% e abaixo de R$ 2,57, pressionado pelo aumento da taxa básica de juros (Selic) e a decisão do Banco Central Europeu (BCE) de adquirir 60 bilhões de euros (R$ 177 bilhões) em títulos públicos e privados por mês. 

A moeda norte-americana encerrou o dia com recuo de 1,23%, cotado a R$ 2,5730 para compra e R$ 2,5745 para venda, atingindo cotação mínima de R$ 2,5554 no meio da sessão. Esse foi o menor fechamento da divisa desde 3 de dezembro do ano passado.

Os preços pagos pela soja nos principais portos do país novamente apresentaram trajetórias opostas. No porto de Rio Grande (RS), a cotação permaneceu em R$ 62,00 a saca, enquanto em Paranaguá (PR) ela caiu de R$ 61,00 para R$ 60,00 a saca, segundo dados da Safras e Mercado.

Ontem, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou a Selic em 0,50 ponto percentual (pp), para 12,25% ao ano, em decisão unânime e amplamente esperada pelo mercado, e sinalizou nova alta no curto prazo, embora tenha deixado em aberto o ritmo que poderá imprimir.

Foi a terceira alta consecutiva da Selic, que agora se encontra no patamar mais alto desde o fim de agosto de 2011 e está entre as maiores do mundo – no caso, a 17ª maior. Em meio a um cenário de juros baixos no mundo, a elevação do juros atrai capital especulativo internacional, que busca altos rendimentos.

Também colaborou para a queda do dólar a decisão do BCE de comprar 60 bilhões de euros por mês em títulos públicos e privados a partir de março e pelo menos até o fim de setembro de 2016. O total ficou acima dos 50 bilhões de euros esperados pelo mercado.

Petróleo

Os contratos futuros do petróleo operaram em baixa, depois de o relatório semanal sobre o nível dos estoques dos Estados Unidos demonstrar que eles subiram muito mais que o esperado pelos investidores, atingindo o maior nível em 80 anos.

Em Londres, onde as negociações já foram encerradas, os contratos do Brent para março caíram 0,69%, a US$ 48,70 o barril. Na bolsa de Nova York, que ainda está aberta, o WTI para o mesmo mês baixava 2,97%, a US$ 46,36 o barril.

Os contratos futuros do petróleo registram desvalorização de 55% em relação ao pico registrado em junho do ano passado.