Diversas culturas estão sendo prejudicadas pelo clima, como café, soja, milho e feijão. O processo está em análise pela prefeitura.
O estado de calamidade pode ser decretado por prefeituras, estados e o governo federal quando há um desastre natural de grandes proporções e com grande dano social à cidade. Caso o pedido seja aprovado pelo Ministério da Integração Nacional, o município tem acesso mais rápido a recursos estaduais e federais. A duração máxima desse estado é de 180 dias.
Segundo o pesquisador da Fundação Pró-Café Alysson Fagundes, os grãos de café, que estão em processo de granação, estão sofrendo queimaduras mesmo com o sistema de irrigação. Isso acontece em razão do forte calor que atinge a área sul de Minas Gerais.
– É a situação geral do sul de Minas, muito comum na Zona da Mata. Se o município não decretar estado de emergência, ou de calamidade, os produtores não conseguem prorrogação das dívidas, não conseguem diversos benefícios – explica Fagundes.
De acordo com o pesquisador, ainda é cedo para apresentar uma estimativa de quebra das safras, porém, a partir do decreto de calamidade pública os produtores já podem dar início a prorrogações de dívidas e pedidos de empréstimos.
Chuva
Segundo Fagundes, mesmo que comece a chover com a devida regularidade a partir de agora, as perdas que já foram registradas não podem regredir.
– A chuva chegou muito localizada, sem chuvas boas. Se voltar não recupera cafezais, já está perdido. O que pode acontecer é a paralisação das perdas.