Com a alta na arroba do boi magro, a margem de lucro dos pecuaristas que trabalham com engorda caiu.
Os produtores que recriam animais têm preferido reter o gado no pasto, em vez de vender em um momento de instabilidade no mercado. Isso reduz a oferta e resulta em um menor número de bovinos no confinamento.
É o caso do pecuarista Ângelo Caiado, que engorda atualmente 8,6 mil cabeças em uma fazenda de Cristalina, em Goiás – estado que mais confina gado no país. Ele diz que as margens de lucro caíram muito por conta do preço da reposição.
– O nosso preço de produção tem se mantido estável nos últimos dois anos. Isso é uma vantagem, mas o preço da reposição tem dificultado a nossa margem. O boi magro tem chegado num custo alto pra gente e isso não tem sido repassado. A demanda tem tentado pressionar os preços, mas os preços não têm como cair por causa dos preços do boi magro.
Um dos motivos para a alta nos preços do boi magro está relacionado com o abate de matrizes que aconteceu nos últimos anos, movido, principalmente, pelo baixo preço do bezerro.