Conforme analistas consultados pelo The Wall Street Journal, a projeção do USDA de estoque de soja no final da temporada 2014/15 deve ser de 402 milhões de bushels (10,94 milhões de toneladas). Em janeiro, a estimativa era de 410 milhões de bushels (11,16 milhões de toneladas). A temporada de soja termina em 31 de agosto. A redução se deve à maior demanda pela oleaginosa dos Estados Unidos no mercado mundial.
Enquanto isso, os estoques domésticos de milho devem somar 1,871 bilhões de bushels (47,52 milhões de toneladas) ao final de agosto, uma leve redução ante os 1,877 bilhões de bushels (47,67 milhões de toneladas) estimados no mês passado, conforme os analistas ouvidos. Já os estoques de trigo dos EUA em 31 de maio, o final da temporada do cereal, devem somar 685 milhões de bushels (18,64 milhões de toneladas), pouco abaixo dos 687 milhões de bushels (18,69 milhões de toneladas) estimados um janeiro.
Este relatório será divulgado em um momento quando grandes importadores de soja dos Estados Unidos, como a China, começam a comprar a produção da América do Sul, onde a colheita da oleaginosa está começando. Ainda assim, analistas afirmam que o USDA deve ajustar suas projeções, refletindo o ritmo acelerado em que exportadores privados embarcam a soja nesta temporada.
– O ritmo de exportação é muito bom. Ainda deve levar algum tempo para o Brasil começar a exportar, e não acredito que veremos uma grande queda nos embarques dos EUA na segunda metade da temporada – afirmou Terry Reilly, analista da corretora Futures International.
Os analistas também esperam que o USDA reduza sua estimativa de produção de soja no Brasi para 94,5 milhões de toneladas. No mês passado, a estimativa era de 95,5 milhões de toneladas. Mesmo assim, a produção ainda deve ser recorde no País. A safra brasileira de milho deve ser estimada em 74,7 milhões de toneladas, levemente abaixo do previsto no mês passado.
Já a Argentina deve produzir 55,2 milhões de toneladas de soja, acima das 55,2 milhões de toneladas estimadas no mês passado. O país deve produzir 22,2 milhões de toneladas de milho, acima da estimativa de 22 milhões de toneladas estimadas pelo USDA em janeiro, de acordo com a pesquisa.
O governo norte-americano deve estimar estoques globais de soja ao final da temporada 2014/2015 em 90,5 milhões de toneladas, leve queda na comparação com a estimativa de janeiro, conforme analistas. Os estoques mundiais de milho devem alcançar 189,5 milhões de toneladas, levemente acima do previsto no mês passado. Enquanto isso, a estimativa de estoques mundiais de trigo deve ser de 195,8 milhões de toneladas.
Algodão
Agricultores dos Estados Unidos pretendem plantar 9,4 milhões de acres (3,8 milhões de hectares) de algodão na primavera do Hemisfério Norte deste ano, uma queda de quase 15% em relação a 2014, de acordo com a projeção do Conselho Nacional de Algodão (NCC, na sigla em inglês).
Segundo o conselho, cotonicultores estão se aproximando da temporada de plantio com os futuros no menor nível desde a semeadura da safra 2009.
Os preços do algodão caíram 35% na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) desde o pico de maio do ano passado, quando as cotações atingiram 94,75 cents/lb. Há pouco, o vencimento março da pluma operava em queda, a 61,46 cents/lb (-0,21%).
O recuo da área plantada nos EUA deve reduzir a safra de algodão na temporada 2015/16.
Conforme a estimativa, produtores do país irão colher 14 milhões de fardos da pluma, uma queda de 13% ante o ciclo anterior. A safra de algodão dos Estados Unidos tem início em agosto. Agricultores de 17 Estados responderam à pesquisa do Conselho entre dezembro e janeiro. Os Estados Unidos são o maior exportador mundial de algodão.