Além de favorecer os preços para a exportação, a moeda norte-americana em alta impacta nos preços do mercado físico. O preço em Passo Fundo para a saca de 60 quilos da oleaginosa fechou a segunda, dia 9, em R$ 61,00. Em Cascavel (PR), a cotação foi de R$ 58,50, em Rondonópolis (MT), R$ 53,50, Dourados (MS), R$ 54,00. Já no Porto de Rio Grande (RS) chegou a R$ 64,00 e em Paranaguá (PR), a R$ 63,00.
Mercado externo
A proximidade do fim do prazo do programa de ajuda financeira na Grécia e a insistência do primeiro-ministro Tsipras em buscar um empréstimo ponte para sustentar as contas públicas até junho eleva a ansiedade nos negócios, expondo o país ao risco de ser obrigado a deixar a zona do euro.
O impasse entre a Grécia e seus credores também agita os mercados diante do risco de contágio em outras economias periféricas.
– O dólar segue valorizado ante a maioria das moedas emergentes, diante da aversão aos ativos de risco e a queda no preço do petróleo – avalia João Paulo Corrêa, operador de câmbio da Correparti Corretora, em relatório.
Corrêa destaca que certa estabilidade é esperada da moeda “em um ajuste a forte queda da moeda no mercado eletrônico, mas que deve seguir pressionada ao longo do dia”.
No sentido oposto, fazendo pressão de queda da moeda norte-americana, dados desanimadores de inflação na China aumentam as expectativas de que haja novos estímulos financeiros no país.
Na visão de Newton Rosa, economista-chefe da SulAmérica Investimentos, o temor com a situação da Grécia deve deixar a moeda norte-americana instável.
– A bolsa brasileira de ações deve seguir volátil, bem como o dólar e os juros, por conta das dificuldades da economia doméstica, pressões
políticas e do quadro externo, onde os temores de que a Grécia entre em default ganham força – diz, em relatório.
Por volta das 10h10 (de Brasília), o dólar comercial subia 0,64% ante o real, cotado a R$ 2,7960 na venda. O contrato da moeda com vencimento em março expandia 0,87%, a R$ 2.809,50.