? É possível que os leilões venham a ser realizados, seja via Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) ou Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (PEPRO). Será o mercado que irá decidir o tipo de operação em caso de leilão ? afirma.
Farnese, entretanto, fez questão de frisar que o objetivo do governo com os leilões de milho segue em atender o mercado interno.
? O foco continua no mercado interno e os leilões de exportação seriam feitos apenas se a demanda dos Estados que precisem de milho não for efetiva, já que o Mato Grosso possui estoques de milho para contribuir com o Brasil todo ? explica.
O representante do governo esclarece que o governo não havia pensado em promover leilões de exportação até agora porque não tinha uma idéia real do andamento da safrinha.
? Teremos perdas no Paraná e Mato Grosso do Sul, mas a produção em Goiás e Mato Grosso será excelente e precisará de uma alternativa para a garantia de preços ? comentou.
Farnese acrescenta ainda que diante da quebra de safra na Argentina e da manutenção da produção dos Estados Unidos voltada ao etanol, apesar do preço mais baixo do petróleo, o interesse dos países em vir a adquirir milho do Brasil tende a aumentar no segundo semestre.
? Talvez o Brasil venha a exportar oito milhões de toneladas até o final do ano, mas os setores demandantes de milho, como a avicultura, podem ficar tranqüilos de que o país não corre risco de desabastecimento, devendo fechar o ano com estoques finais entre sete e 10 milhões de toneladas, dependendo ainda das perdas que serão confirmadas na safrinha ? finalizou.