As vendas estão acima da média registrada nos últimos cinco anos, de 81%, e dos 77% registrados no mesmo período do ano passado. Segundo o analista da Safras & Mercado Gil Barabach, o resultado está sendo puxado pelos bons preços registrados ao longo de 2014.
A comercialização de café tipo arábica chegou a 84% da produção total em fevereiro, um aumento de 5 pontos percentuais (pp) em relação ao mês passado e de 7 pp ante fevereiro de 2014, totalizando 27,93 milhões de sacas. No caso do conillon, as vendas atingiram 82%, alta de 5 pp em relação a janeiro e de 4 pp na comparação com fevereiro de 2014, somando 12,72 milhões de sacas.
Exportação
Em estudo distinto, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) afirmou que as exportações no acumulado da atual temporada estão 12% maiores, apesar do recuo de 8,4% em fevereiro.
Os preços médios pagos também aumentaram no acumulado do ano, com o arábica valorizando 75% e o robusta subindo 30%.
Segundo dados do Conselho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), na parcial desta safra, foram enviadas ao exterior 22,33 milhões de sacas, contra 19,87 milhões de sacas em igual período da 2013/2014.
Preços
Apesar do avanço da comercialização e bons os preços pagos até o momento, a perspectiva é de desvalorização da cotação do café na bolsa internacional ao final da temporada 2014/2015.
Segundo levantamento realizado pela Agronomic Consulting, a cotação do café recuou 67% entre outubro e março na bolsa de Nova York.
– Eu acho que como os preços são formados na bolsa de Nova York, o recado que está vindo de Nova Yor é o seguinte: os traders, os grandes players do mercado internacional, já estão certos que a safra brasileira, tendo 32, 34 ou 36 milhões de sacas, a oferta e demanda mundial está garantida para o ano 2014/2015 – disse ontem, dia 11, o analista de mercado Daniel Dias durante participação no “Mercado & Cia”.
Ele afirma que “graças ao câmbio” os produtores terão ganho nesse momento, mas a oferta de café está bem elevada.