Estima-se que apenas 12% do gado brasileiro seja fruto de inseminação artificial. O mercado de sêmen brasileiro movimenta R$ 250 milhões por ano. Na análise dos representantes das principais empresas e consultorias especializadas no setor, o faturamento cresceu 10% no ano passado. Eles prevêem mais crescimento em 2015.
– Se quisermos produzir melhor, só gastando em novas tecnologias ou em tecnologias como a da inseminação artificial que não é nova, mas é necessária. Quem não usar vai sair do mercado – diz o presidente da Alta Genetics, Heverardo Carvalho.
De acordo com o presidente da Asbia, Carlos Vivacqua, a inseminação artificial tem um custo de produção de apenas 2%. Isto permite que, mesmo em momentos mais delicados em relação ao preço do produto, não se deixe de usar a técnica.
Números
Os dados apresentados pela Asbia nesta quinta mostram a evolução do uso de inseminação artificial no Brasil em 2014. Na comparação com 2013, as raças de corte zebuínas tiveram queda, passando de 3,3 milhões para 2,5 milhões de doses de sêmen. Nas raças de corte taurinas houve alta de quase 250 mil doses de sêmen. Para o leite, o cenário é de diminuição no uso da tecnologia, com queda de 28% nas raças leiteiras zebuínas e de 2% nas raças de leite taurinas.
Na comparação entre 2013 e 2014, a evolução nas raças de corte teve uma redução de 7% e nas raças de leite o uso de inseminação artificial caiu 8%. Nas vendas de sêmen de raças de corte a queda no ano passado foi de 7,6%, com 542,5 mil doses vendidas a menos que em 2013. Já nas vendas de sêmen de raças de leite, a redução em 2014 foi de 9%, com 446 mil doses a menos compradas no mercado.
Quando o assunto é a exportação de sêmen na categoria corte, o aumento foi de mais de 25%, com destaque para as raças angus e bonsmara. O país que mais comprou doses foi o Paraguai, seguido pela Argentina e pela Colômbia. As importações de sêmen de raças de corte também tiveram alta: 24,5% se comparadas à 2013. Os países que mais enviaram sêmen de corte para o Brasil foram os Estados Unidos, o Canadá e a Argentina.
As vendas externas de sêmen na categoria leite cresceram 23%, com destaque para as raças gir leiteiro e girolando. Entre os países que mais compraram a genética bovina de leite do Brasil estão a Colômbia, o Equador e o Panamá. As importações de sêmen de raças leiteiras tiveram alta de 14% se comparadas à 2013. O Brasil comprou mais doses de sêmen de raças leiteiras dos Estados Unidos, do Canadá e da Holanda.
Editado por Gisele Neuls