O evento ocorreu nessa semana, no auditório da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) e apresentou a produtores e principais representantes do agronegócio gaúcho os desafios e as oportunidades para aumentar e diversificar as vendas de produtos agropecuários no mercado externo.
O Rio Grande do Sul ocupou o segundo lugar das exportações brasileiras do agronegócio em 2008, com US$ 10,6 bilhões, e, segundo Sampaio, uma das vantagens do Estado é ter a pauta descentralizada.
? Exemplos disso é o complexo soja, que representa 28% das vendas do Estado para o mercado internacional. O fumo é muito importante, com 19%, e as carnes também são destaque, com 13% de participação em aves ? detalhou.
Uma das formas de subir no ranking das exportações é a integração contratual, tema da palestra do coordenador-geral de Acompanhamento do Departamento de Cooperativismo e Associativismo Rural (Denacoop/Mapa), Eduardo Mazzoleni.
? Hoje, a intercooperação não é mais uma questão potencial, mas uma realidade Brasil ? afirmou.
O coordenador mostrou que, apesar de incipientes, com 2% de participação no último ano, os consórcios são uma perspectiva palpável e o Ministério da Agricultura está preparado para fornecer o suporte necessário para cooperativas, produtores e empresas que desejam começar esse empreendimento.
Ao final do painel Estratégias do Agronegócio para Exportação, os participantes conheceram as principais exigências sanitárias e fitossanitárias do mercado internacional e a atuação do governo brasileiro em organismos de referência. O diretor do Departamento de Negociações Sanitárias e Fitossanitárias (DNSF/Mapa), Guilherme Costa, apresentou aos participantes do AgroEx algumas das barreiras sanitárias impostas por países importadores e os mecanismos de vencê-las em fóruns multilaterais, como a Organização Mundial do Comércio (OMC).
? É preciso ter paciência e persistência na negociação com determinados mercados e o Brasil tem atuado ativamente nesses fóruns ? ressaltou Costa.