O clima favorável pode ser justificado pelo discurso mais cauteloso do Federal Reserve em sua decisão de política monetária nesta semana, o programa de compra de títulos do Banco Central Europeu (BCE) e a promessa de reformas da Grécia.
Bovespa
O Ibovespa fechou com a máxima em mais de três meses, avançando 1,99%, a 51.966 pontos, maior patamar desde 05 de dezembro de 2014. O volume financeiro somou R$ 8,5 bilhões. Na semana, o índice acumulou alta de 7%.
Sinais de que a Grécia está mais próxima de receber ajuda dos demais países europeus e o discurso da presidente Dilma Rousseff afirmando que os ajustes fiscais são necessários para superar o momento de dificuldade econômica influenciaram o dia.
– Passada a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), a questão da Grécia voltou ao radar e o mercado reage com maior otimismo à expectativa de um desfecho do acordo do país para o restante dos empréstimos de resgate – disse Ricardo Kim, analista da XP Investimentos.
Segundo Kim, a fala de Dilma também trouxe um viés positivo.
– Novamente a Dilma está reforçando a importância das medidas fiscais – diz.
Autoridades europeias afirmaram que a Grécia deve apresentar nos próximos dias uma lista detalhada das reformas exigidas como contrapartida para a liberação do restante dos empréstimos previsto no programa de resgate ao país.
No Brasil, a presidente discursou em cerimônia de inauguração em Eldorado do Sul (RS) voltando a afirmar que as dificuldades econômicas que atingem o Brasil são temporárias e podem ser superadas no curto prazo se o plano de ajuste nas contas públicas e as reformas pretendidas pelo governo forem executadas conforme o previsto.
Para Clodoir Vieira, economista da Compliance Comunicação, além da ajuda do mercado externo, o índice se recupera após sequência de quedas, testando a resistência dos 51.900 pontos, que favorecem a alta.
– Essa é uma resistência muito forte, não acredito que Ibovespa consiga sustentar, mas se
conseguir pode ganhar força – afirmou.