As taxas de juros medidas pelos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) no mercado futuro da BM&FBovespa operaram em queda no pregão de hoje, refletindo a desvalorização do dólar e a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) demore mais tempo que o previsto para iniciar a elevação das taxas de juros nos Estados Unidos.
– Lá fora o dólar está se desvalorizando. Os dados econômicos nos Estados Unidos decepcionaram e isso contribui para o movimento visto na curva de juros – diz Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho do Brasil.
O estrategista destaca, ainda, que há certo otimismo no mercado gerado pela reunião entre a chanceler alemã Angela Merkel e o primeiro-ministro da Grécia Alexis Tsipras. A Grécia tentará obter concessões financeiras da Alemanha, a maior contribuidora do resgate grego. No entanto, Merkel, que está sob pressão dos deputados alemães e do público em geral, deve pressionar Atenas a implantar reformas econômicas rígidas em troca de financiamento.
Na visão de Vladimir Caramaschi, estrategista-chefe do Crédit Agricole, a retração dos juros pago pelos títulos da dívida do Tesouro dos Estados Unidos com vencimento em dez anos (Treasuries) hoje é mais um fator de queda para as taxas de juros na BM&FBovespa.
Bovespa
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O Ibovespa conclui esta segunda praticamente estável. O pregão do dia não teve tendência definida e foi marcado por movimentos de realização de lucros, giro reduzido e ausência de um rumo no ambiente financeiro global.
O índice recuou 0,11%, a 51.908 pontos. Na última semana, o índice acumulou alta de 7%.
