– É o momento de vender. Sendo ou não conservador, o nível de preços proposto em reais tanto para a safra sendo colhida quanto para a safra próxima, de 2016, é um preço excelente – disse.
Para ele, a combinação de dólar, prêmios pagos nos portos e cotações no mercado internacional é positiva aos produtores. Os contratos para maio na bolsa de Chicago registraram valorização de 2,51% no pregão de ontem, a US$ 327,30 por tonelada. No porto de Paranaguá, o premio para a soja de março subiu 25% e o de abril valorizou 26,19%.
Cogo afirmou que o produtor precisa aproveitar os preços atuais para começar a comprar os insumos da nova safra, que devem registrar valorização entre 15% a 20% nos próximos meses.
Ele fez uma ressalva em relação ao dólar, argumentado que, apesar de a divisa registrar uma valorização acumulada de 18,3% em 2015, ela não está sendo positivo ao produtor, por estar muito volátil neste começo de ano. Nos últimos dois pregões, a moeda norte-americana acumulou queda de 4,59%.
– Há uma insegurança do lado do produtor em relação à volatilidade do dólar, que sobe e agora recua, e com isso ele acaba se contraindo nas vendas – disse.
As consequências deste movimento instável aparecem no resultado das exportações acumuladas de janeiro a março, com os embarques recuando 27,6% em relação ao mesmo período do ano passado.
– Isso mostra que o dólar não está ajudando a elevar as vendas externas, mas cria um ambiente de insegurança e incerteza, onde o produtor se contrapõe entre vender a soja e formas os custos para a próxima safra – disse Cogo.