Ainda não há projeções para a área a ser plantada, mas a expectativa é de que ela fique abaixo dos 1,15 milhão de hectares da temporada passada.
– Temos um custo de produção que subiu muito em função do dólar. A maioria dos insumos para as lavouras são vinculados à moeda americana, especialmente os fertilizantes – diz o presidente da FecoAgro/RS, Paulo Pires.
A safra de trigo deste ano também está sendo influenciada negativamente pela quebra de 42% na produção de 2014, que sofreu com clima ruim. A situação, afirma a federação, está deixando os produtores receosos em relação a novos investimentos.
Para tentar contornar a situação, a FecoAgro diz que buscará convencer o governo federal a reajustar o preço mínimo do trigo em 19% antes do início da safra, o que fará o valor por tonelada subir a R$ 665. Segundo Pires, o governo negou a intenção no primeiro momento, mas depois aceitou a correção, embora ainda não tenha tomado uma decisão.
– O valor que vem sendo pago ao produtor no Rio Grande do Sul é muito baixo e desestimula o agricultor para a próxima safra que faz as contas e não vê possibilidade de ganhos – afirma.