A instituição, no entanto, fez críticas ao governo do Brasil. Em nota publicada no site do ministério argentino, o governo do país vizinho se disse surpreso com a decisão brasileira. O comunicado também diz que não houve qualquer comunicação prévia, “como é habitual nesse tipo de situação”. Os argentinos ainda afirmaram que o termo “tolerância zero” postado no site do Ministério da Agricultura do Brasil é “incompatível com o comércio internacional e quadro regulamentar da Organização Mundial do Comércio (OMC) e do Mercosul, que ambos os países são membros”.
– Os serviços de saúde em ambos os países vêm trabalhando há anos com base de minimizar os riscos sem afetar o comércio bilateral – diz a nota, que acrescenta que a questão fitossanitária está prevista no acordo bilateral de comércio de maçãs, peras e marmelos da Argentina para o Brasil.
Resposta
O Ministério da Agricultura afirmou em comunicado discordar “dos termos da nota divulgada pelo governo argentino referente à suspensão das importações de maçã, pera e marmelo daquele país”.
Na nota, o Ministério disse apenas que as autoridades brasileiras “acusam o recebimento do comunicado oficial do governo argentino, que informa nova data para a inspeção do sistema de mitigação de riscos na produção das referidas frutas naquele país”. E confirma que realizará a inspeção na data fixada, de 8 de abril.
– O governo brasileiro ainda informa que a suspensão das importações de maçã, pera e marmelo estão condicionadas ao resultado da inspeção ao sistema de mitigação de riscos da Argentina – afirma.