A ação monitora 148 lavouras, que recebem assistência técnica e praticam manejo integrado de pragas. Os resultados foram apresentados na última terça.
Pelo segundo ano consecutivo os resultados da campanha Plante Seu Futuro, programa da Seab e seus parceiros, revelam o avanço no comportamento dos agricultores sobre a necessidade de reduzir o uso excessivo de agrotóxicos nas lavouras e recorrer a esses produtos somente quando for necessário.
A aplicação de inseticidas caiu mais de 50% nas unidades de referência, acompanhadas pela assistência técnica da Emater. Além da redução da aplicação de agrotóxicos, o comportamento mais relevante é o adiamento da primeira aplicação nos cultivos de soja nas Unidades de Referência.
– Isso significa que o agricultor assistido por um técnico está gastando menos com a compra desses produtos, o que eleva sua renda em relação aos demais e o auxilia na prática de uma agricultura mais sustentável – disse o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.
O monitoramento da campanha ocorre em 148 Unidades de Referência com plantio de soja, que contam com assistência técnica permanente. Os resultados referem-se à safra 2014/2015, que está sendo colhida.
– Além disso, tem a redução do impacto ambiental, uso mais adequado dos recursos nas lavouras e prática de uma assistência técnica com consciência – complementou o secretário.
Para Ortigara, a campanha revela um dado interessante que é a aproximação dos produtores rurais com os técnicos, tirando o caráter de pacotes tecnológicos automáticos sobre as lavouras.
Os resultados da campanha Plante Seu Futuro serão divulgados em todas as regiões do Paraná com a promoção de seminários que terão a participação de agricultores, técnicos e lideranças regionais.
Conforme levantamento feito pelo Instituto Emater, na safra 2014/2015 a primeira aplicação do inseticida fora das Unidades de Referência aconteceu ao 23º dia após a emergência das plantas. Já nas148 Unidades de Referência assistidas pela assistência técnica a primeira aplicação de produtos ocorreu somente no 63º dia – um adiamento de trinta dias.
O número médio de aplicações de inseticidas, que atingiu cinco vezes na média das propriedades rurais do Estado, foi de 2,3 vezes nas unidades assistidas, durante o ciclo todo de desenvolvimento da soja.
Em relação à aplicação da técnica de Manejo Integrado de Doenças, o resultado também foi animador. Nas mesmas 148 unidades assistidas, a primeira aplicação do produto químico ocorreu aos 70 dias após a emergência das plantas no solo. Na média das demais propriedades a primeira aplicação do fungicida ocorreu aos 40 dias.