Desde dezembro, a taxa de câmbio tem se valorizado, com leve queda em janeiro e disparada em março, o que colaborou para a melhora do preço paridade. Em março, a média da paridade para julho/15 atingiu patamar de R$ 15,57 a saca, estando aproximadamente R$ 0,95 a saca, mais valorizada que a média de fevereiro. Desta forma, com as baixas expectativas para as cotações na Bolsa de Chicago (CBOT) e a instabilidade do dólar, o produtor fica cada vez mais refém da produtividade das lavouras para que sua margem passe a ficar verde.
Os contratos para maio/15 e julho/15 na CBOT registraram valorização de 3,97% e 3,92%, respectivamente, devido à movimentação dos fundos de investimento. O contrato para maio/15 na CBOT, por exemplo, obteve valorização mais acentuada se com parado ao mesmo contrato de vencimento para a soja. Com isso, a relação soja/milho apresentou queda de 2,37%.
Exportação
O preço paridade de exportação para julho/15 vem apresentando números melhores desde o começo deste ano. Em março/15, o prêmio no porto demonstrou acentuadas quedas, tendo como um dos motivos a maior concorrência do milho produzido em outros países, como Estados Unidos, em relação ao cereal do Brasil. Este fato, no entanto, não promoveu a queda do preço paridade para julho/15, pois as valorizações do dólar, somadas aos ganhos na CBOT em março, foram os novos pilares para a sustentação dos preços, amenizando assim as possíveis perdas no lucro dos produtores de Mato Grosso.
*Com edição de Flávya Pereira