Safra de soja deve atingir 96,61 milhões de toneladas

INTL FCStone revisa números da safra de soja e de milho 2014/2015A safra brasileira de soja 2014/2015, em fase final de colheita, foi levemente revisada este mês para 93,61 milhões de toneladas, em comparação com 93,15 milhões de toneladas na estimativa de março, segundo levantamento da consultoria INTL FCStone, divulgado nesta terça, dia 7. A safra da oleaginosa em 2013/2014 está prevista em 87,5 milhões de toneladas.

Fonte: Daniel Limana/Arquivo Pessoal

De acordo com a consultoria, “foram feitos ajustes a partir da observação da produtividade dos Estados que têm o ciclo mais tardio e que, portanto, estão na época de colheita”. No Paraná, onde ainda há soja sendo colhida, a produtividade estimada é de 3,3 toneladas por hectare, resultando em uma produção recorde de 17,2 milhões de toneladas. 

– O clima se mostrou muito favorável ao desenvolvimento da safra no Estado, mesmo nos ciclos mais tardios – argumenta a FCStone.

A consultoria acrescenta que os estoques finais da safra da oleaginosa devem continuar confortáveis, em pouco mais de cinco milhões de toneladas. Já as exportações foram reduzidas levemente e devem ficar em 47,5 milhões de toneladas.

Milho

Em sua revisão de abril, a INTL FCStone prevê produção de 75,51 milhões de toneladas de milho para a safra 2014/2015, um aumento de cerca de 500 mil toneladas em relação ao número de março, mas abaixo da safra 2013/2014, que foi de 78,1 milhões de toneladas.

Não houve revisão das expectativas para a primeira safra 2014/2015 do cereal, cuja produção estimada foi mantida 29 milhões de toneladas. 

– Para a segunda safra, a produção foi elevada, por causa de revisões de área no Centro-Oeste – comenta a consultoria. 

A segunda safra de milho está estimada em 46,47 milhões de toneladas ante 45,90 milhões de toneladas em março. Conforme a FCStone, com o aumento da produção, os estoque finais de milho da safra 2014/2015 devem ficar ainda mais elevados, alcançando 13,68 milhões de toneladas.

– Não houve ajustes em variáveis de demanda (55,5 milhões de t), mas as expectativas apontam para exportações aquecidas (21 milhões de t), em meio ao contexto de dólar forte e real mais fraco, que traz maior competitividade às exportações brasileiras – conclui a consultoria.