No relatório divulgado nesta quinta pelo USDA, as projeções de estoques de soja foram reduzidas de 385 milhões de bushels (10,48 milhões de toneladas) para 370 milhões de bushels (10,07 milhões de ton) na safra 2014/2015. O ajuste já era aguardado pelo mercado, sendo que vários traders cogitavam um corte ainda maior. “De qualquer maneira, vale lembrar que tudo deve ser colocado em perspectiva: 10 milhões de toneladas de estoques em 2014/2015 se comparam com 2,5 milhões de toneladas de estoques na safra passada, 2013/2014: um aumento de 400% em relação ao ano passado. Uma manchete de ‘USDA reduz estoques de soja dos EUA’ pode não ilustrar a situação real do mercado”, informa a AGR.
A estimativa da safra argentina de soja foi elevada para 57 milhões de toneladas, enquanto o USDA optou por deixar a estimativa da safra brasileira estável, a 94,5 milhões de toneladas. Segundo a consultoria, a realidade é que o número exato das safras de Brasil e Argentina, no momento, não têm tanta relevância mais no mercado. “A América do Sul está colhendo uma safra que bem provavelmente será superior à 165 milhões de toneladas, consideravelmente acima do recorde de 154 milhões de toneladas da safra 2013/2014 no continente”, informa.
“Contatos chineses confirmaram que o seu interesse por soja no momento é lento e cadenciado. Tanto que alguns esmagadores chineses estão solicitando o atraso de carregamentos de soja do Brasil e/ou o cancelamento e troca de origem para a soja mais barata argentina”, comunica a AGR.
Com o dólar se aproximando, pela primeira vez, de R$ 3,00 desde o início de março, o contrato de soja para maio registrou baixa de 17 pontos em Chicago, a US$ 9,54; o milho teve recuo de 1 ponto, a US$ 3,78, e o trigo registra baixa de 7,5 pontos, a US$ 5,18.
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