Se os produtores já admitem que dificilmente poderão ter atendidas pautas junto ao governo – como desoneração para o suco, renegociação de dívidas e até mesmo subsídios do Programa de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) – a indústria processadora de laranja já sinalizou preços melhores para a fruta para o período.
Como quase toda a produção de suco de laranja brasileira é exportada, os preços pagos pela caixa da fruta nas poucas negociações feitas para a safra, cuja colheita das variedades precoces começa a partir de maio, foram superiores aos da safra passada.
Duas grandes companhias fecharam contratos entre R$ 14 e R$ 15 a caixa (de 40,8 quilos), ante um preço mínimo estipulado pelo governo de R$ 11,45 a caixa. O preço médio do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) apontou um preço de R$ 11 a caixa para a indústria e de R$ 15,46 para a fruta in natura escoada no mercado interno na última sexta, dia 10.
– O mercado ainda está meio quieto, os preços fechados nos contratos são para poucos, mas a sinalização é boa por conta do câmbio – avaliou o citricultor e presidente da Câmara Setorial da Citricultura, Marco Antonio dos Santos.