Como é típico do mês de abril, preços na Bolsa de Chicago operam sem clara direção no curto prazo, ainda presos em patamares recentes de preços. Para o médio e longo prazo, a tendência é de baixa. Entretanto, não há confiança o suficiente para pressionar demais o mercado no curto prazo, uma vez que a campanha de plantio está apenas começando nos Estados Unidos. Nas próximas semanas o clima ganha importância. O mercado aguarda o avanço de plantio na maior parte do cinturão de produção americano, assim como as primeiras chuvas da safra.
Enquanto isso, o mercado de soja chegou a subir mais de 30 centavos nas últimas duas sessões, com inspiração baseada no mercado de soja chinês. Preços do contrato de maio de soja na bolsa de Dalian, na China, vêm com forte alta nos últimos dias. Especuladores de alguns dos maiores fundos no planeta argumentam que a alta de preços de soja na China indica uma retomada do interesse chinês em soja física, o que pode resultar em maior demanda para a soja norte-americana no curto prazo.
Mas os analistas da AGR Brasil discordam dessa visão. De acordo com a consultoria, o que acontece é um movimento conhecido como short squeeze, de cobertura de posições vendidas por parte de alguns players devido à menores estoques de soja nos portos chineses. “Este é um short squeeze clássico e não indica aumento da demanda chinesa, muito pelo contrário”, aponta o relatório diário da consultoria.
Editado por Gisele Neuls
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