Brasil ajudará Bolívia a expandir rebanho de girolando

Cooperação vai permitir transferência de tecnologia na área de melhoramento genético e de registro genealógico da raça girolandoAcordo assinado neste domingo, dia 19, na Bolívia entre duas associações de criadores deve projetar o Brasil como grande exportador de tecnologia e de genética bovina leiteira para países da América Latina e da África.

Fonte: Alcides Okubo Filho/Embrapa

A Associação Brasileira dos Criadores de Girolando e a Associação Boliviana dos Criadores de Zebu (Asocebu) assinaram um termo de cooperação técnico-científica para transferência de tecnologia na área de melhoramento genético e de registro genealógico. Assinaram o termo o presidente da Girolando, Jônadan Ma, e o presidente da Asocebu, Erwin Rek.

A oficialização da parceria ocorreu durante feira agropecuária no parque de exposições da Fiacruz, em Santa Cruz de La Sierra, e contou também com a presença dos representantes da Asocebu, o vice-presidente Eduardo Eguez, o diretor Javier Landivar, o diretor técnico Fernando Baldonar.

A próxima etapa da parceria será a capacitação dos técnicos bolivianos para o serviço de registro de animais e a aplicação das ferramentas do Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando (PMGG). O treinamento será realizado no segundo semestre de 2015 e em duas etapas, sendo uma no Brasil e outra na Bolívia, com acompanhamento dos trabalhos por técnicos brasileiros. Apenas os profissionais aprovados em teste serão habilitados para efetuar os registros na Bolívia. Em 2014, a associação brasileira realizou treinamento de 15 técnicos da Asocebu na Bolívia, com aulas sobre as características raciais dos animais girolando.

A expectativa é de que o convênio possibilite a melhoria da qualidade genética do rebanho local, refletindo no crescimento da produção de leite boliviana. Além disso, é esperada uma expansão dos planteis de girolando na Bolívia, que hoje são em menor número naquele país. Para o Brasil, a medida representa a ampliação do mercado externo para a raça, que foi desenvolvida por criadores brasileiros por meio de cruzamento entre as raças gir e holandesa, a partir da década de 1940. Reconhecido oficialmente como raça pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento desde 1996, o girolando é responsável por 80% da produção nacional de leite no Brasil.

– A meta é expandir esse termo de cooperação técnica para outros países interessados na genética da raça girolando, tais como: Colômbia, Venezuela, Equador, República Dominicana, Costa Rica – afirma Jônadan Ma, presidente da entidade brasileira

Jônadan Ma atua como delegada do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para execução do serviço de registro genealógico da raça e do programa de melhoramento genético.