A estimativa da Organização Internacional do Café é de um deficit de 7,4 milhões de sacas de 60 quilos no mundo em 2015. Essa é uma boa notícia para a produção nacional e para as exportações brasileiras. Em março foi registrado um recorde nas exportações totais de café, o que inclui as qualidades verde, torrado e moído e o solúvel. Juntas, atingiram 3,47 milhões de sacas, crescimento de 9,5% na comparação com o mesmo período do ano passado.
O diretor-geral do Conselho dos Exportadores do Café do Brasil (Cecafé), Guilherme Braga Abreu Pires Filho, diz que os embarques brasileiros seguirão em bom ritmo até o final de abril, já que a demanda externa deve seguir aquecida no primeiro semestre.
De acordo com analistas de mercado, as exportações brasileiras podem bater novos recordes nos próximos meses. Mas a tendência para 2015 é de que o volume das exportações recue em 4%. São esperadas 35 milhões de sacas de 60 quilos. Apesar dessa diminuição, a perspectiva é de aumento na receita cambial.
Em março, essa receita teve um aumento de 24,1% em relação ao mesmo período do ano passado. O valor das exportações chegou a US$ 552 milhões. Na visão do analista de mercado Eduardo Carvalhaes, a tendência é de que os estoques brasileiros fiquem baixos. Carvalhaes afirma que a maior parte do café brasileiro exportado será destinado para consumo imediato no exterior e, com o dólar mais valorizado, nossa competitividade aumenta.
Edição de Gisele Neuls