O presidente Juscelino Kubitschek foi um visionário ao construir Brasília no Planalto Central, no meio do Cerrado. A capital já nasceu moderna, de ar futurista com a arquitetura do gênio Oscar Niemeyer. Atrai anualmente mais de um milhão de visitantes. No calendário anual da festa de aniversário está a cavalgada em homenagem a JK, unindo Minas Gerais e o Distrito Federal.
O grupo de Valmir Neri saiu no dia 14 de abril da cidade mineira de Cabeceira Grande e percorreu 150 quilômetros do jeito dos tropeiros. A parada para descanso foi às margens do lago Paranoá. Neri mora em Brasília desde 1958.
– Eu participei da inauguração quando era criança, lembro dos fogos aqui Esplanada, de muita poeira e muitas pessoas de branco. Na época era moda todo mundo de terno de linho bonito a festa.
Outro cavaleiro da marcha, Sinval da Mata, tem um pé em Minas Gerais, onde cria gado de corte, e outro em Brasília onde tem produção de leite.
– Essa cavalgada veio fazer a ligação para mostrar que Minas está mais do que ligada ao Distrito Federal e mostrar que Brasília também tem um lado rural, um lado humano que gosta do cavalo, o lado da família.
O ponto que marcou a homenagem ao presidente criador de Brasília é a travessia por um dos principais cartões-postais da cidade: a Ponte JK. Inaugurada em 2002, os arcos são inspirados pelo movimento de uma pedra quicando sobre o espelho d’água.
Quando a palavra de ordem por aqui é ajuste fiscal a festa de aniversário de Brasília foi considerada modesta. O governo gastou R$ 620 mil, apenas 5% do custo da comemoração de 2014, que passou de R$ 12 milhões. Tempos difíceis em Brasília, que é conhecida também como a capital do rock, da esperança e da geopolítica.