De acordo com o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra, todas as tratativas já foram feitas e os questionários já foram aprovados pelo governo sul-coreano. Além disso, já existem negociações entre empresas brasileiras e do país asiático para a venda de carne suína. Falta definir quando a missão da Coreia do Sul virá ao país escolher as plantas para exportação.
Nesta sexta, dia 24, a presidente Dilma Rousseff recebeu em cerimônia oficial no Palácio do Planalto, a presidente da República da Coreia, Park Geun-hye. A presidente sul-coreana está acompanhada de uma delegação de alto nível e com missão empresarial. As duas presidentes discutiram formas de aprofundar a cooperação entre os dois países, principalmente nas áreas de comércio, investimentos, energia, ciência, tecnologia e inovação. Uma lista com dez acordos bilaterais foi assinada, os tratados são nas áreas de economia, tecnologia da informação e saúde.
Embora o comércio de proteína animal não tenha sido assinado no encontro de hoje, a presidende Dilma disse que reiterou o interesse do Brasil na abertura do mercado coreano para carne de Santa Catarina, que já é uma referência de qualidade para mercados exigentes, como o dos Estados Unidos, do Japão e da China.
– A Coreia é um tradicional parceiro econômico do Brasil em vários setores de ponta e com os quais compartilhamos experiências muito bem sucedidas – afirmou a presidente.
Turra, no entanto, falta um movimento político para acelerar a abertura de mercado, pedido que a ABPA já fez à presidente Dilma Rousseff. O presidente da entidade acredita que não é necessário assinar um protocolo específico para formalizar a abertura e a expectativa é que as vendas comecem ainda neste semestre.
Em 2014, o intercâmbio comercial bilateral entre os dois países foi da ordem de US$ 12 bilhões. A Coreia do Sul é o terceiro maior parceiro comercial do Brasil na Ásia, depois da China e do Japão.