? Às 8h14min (de sábado), tivemos a confirmação do resgate na água de peças e corpos do voo da Air France ? disse o coronel Jorge Amaral, vice-chefe da Comunicação Social da Força Aérea Brasileira (FAB).
Segundo a Aeronáutica, o avião R-99, que faz buscas por radar, encontrou por volta das 4h desse sábado sinais a 69,5 quilômetros do ponto onde foi feito o último contato com o avião e a 900 quilômetros de Fernando de Noronha. O primeiro corpo foi retirado da água às 9h30min. Ele foi identificado como sendo do sexo masculino.
Uma poltrona azul, com o número de série 237011038331-0, uma valise de couro e uma mochila também foram resgatados. A aeronáutica espera da Air France a confirmação de que a poltrona pertença ao avião, mas os oficiais já confirmaram que a coloração é compatível com a da aeronave.
A pasta de couro continha um bilhete da Air France, e a mochila, um computador laptop. Ambas tinham identificação de nomes, mas eles não foram comunicados à imprensa.
As autoridades afirmaram que os dois corpos encontrados são do sexo masculino, mas não deram mais nenhuma informação sobre as vítimas. Quanto ao estado de conservação dos corpos, os responsáveis pelas buscas disseram que “preferem não se manifestar”.
Segundo o comandante, o tempo de translado destes corpos até o continente, para que comecem os trabalhos de identificação, devem levar pelo menos um dia.
As vítimas foram retiradas do mar pela Corveta Caboclo e deveriam ser transportadas a outro navio, a Fragata Constituição, que tem uma velocidade maior. Quando este estiver próximo o suficiente da costa, um helicóptero da Aeronáutica será deslocado para transportar os corpos até Fernando de Noronha.
De acordo com as autoridades, a identificação deve começar ainda na ilha, mas as vítimas serão encaminhadas a Recife, onde equipes da Polícia Federal e do Instituto Médico Legal (IML) vão conduzir o trabalho de identificação. Na madrugada desse sábado, peritos especializados em identificação humana desembarcaram em Fernando de Noronha.
Três peritos e um papiloscopista (responsável por colher e analisar impressões digitais) da Polícia Federal integram a força-tarefa que investiga o acidente em Pernambuco.