Em evento em Presidente Prudente, oeste de São Paulo, na sexta-feira, o analista ressaltou a importância de pecuaristas adotarem novas técnicas para o aumento da produção por hectare como forma de se manterem no mercado.
– É mais fácil aumentar a produtividade na recria e na engorda, então estamos demandando mais bezerros, sem que a oferta aumente em igual proporção – afirma.
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Mas nem mesmo os ganhos de produtividade têm sido suficientes para fazer frente à escassez de animais terminados em 2015. A situação crítica das margens dos frigoríficos e o aumento na oferta nas próximas semanas em virtude do período de estiagem também são fatores a pressionar cotações.
–É evidente que o mercado sairá mais concentrado e precisamos ficar atentos ao impacto à carne e ao boi. Aposto minhas fichas que haverá pressão [sobre os preços], pois estamos entrando em um momento de baixa produção de pasto – explica o analista.
Em cenário de inflação de 8,17% no acumulado dos últimos 12 meses em abril (medida pela IPCA), o consumo também deve ser prejudicado. Entretanto, a firmeza de preços deve permanecer ao longo do ano.
– Se o preço do boi cair este ano, ele cai ‘para cima’. Isto é, mesmo que ele vá a R$ 140/arroba, por exemplo, ainda assim terá aumento ante 2014 – comenta Nogueira.