No Brasil, as consequências do El Niño, caracterizado pelo aquecimento das águas do Pacífico, se tornam mais evidentes na próxima estação, quando o comportamento das frentes frias e massas polares é influenciado pela maior irradiação do oceano na atmosfera. Dessa forma, a região Sul registra mais chuva.
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– As condições deste ano estão semelhantes em estrutura na comparação com o ano passado. Podemos esperar um pouco mais de chuva durante o inverno e teremos impactos até meados de agosto e setembro. A partir daí, o aquecimento é no Pacífico central, o que não gera o mesmo efeito para o Sul. O fenômeno não será tão intenso, como foi em 2009/2010 – explica
Segundo o meteorologista, os efeitos começam em junho, com frentes frias no Sul. Em locais onde chove por dois dias, ele explica que é possível que chova por quatro dias, por exemplo.
– O produtor deve ficar atento e continuar se prevenindo, já que o fenômeno altera a chuva e as temperaturas. Ainda é cedo, mas não há indicação de catástrofe – alivia o diretor da Somar.
Quanto à cultura do trigo, por ser de inverno, o produtor precisa ficar atento à fase vegetativa, já que a luminosidade diminui. A fase final, no entanto, não será comprometida porque deve chover pouco na primavera. Não há prognóstico de geada até o fim de maio, o que beneficia as culturas de milho segunda safra, cana, laranja e café. Nos Estados Unidos, a presença do fenômeno reduz o risco de muito calor e de falta de chuva. As lavouras norte-americanas devem ter boas condições de desenvolvimento e repetir a boa produtividade apresentada nas últimas safras.
Veja abaixo a entrevista completa no Mercado e Companhia desta quinta, dia 14: