O cenário macroeconômico incerto e os indicativos de queda na demanda podem explicar essa baixa. Os dados são do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Segundo o Imea, apesar de o produtor ter alcançado lucros recordes na engorda, devido à forte valorização da arroba no ano passado, o alto patamar dos custos de reposição este ano requer mais atenção, tendo em vista o cenário de estabilidade que o mercado futuro indica.
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Os preços da arroba do boi gordo continuam praticamente estáveis, com queda de 0,02%, fechando a semana em R$ 134,26. Já a arroba da vaca gorda valorizou 0,16% e fechou a R$ 126,92. O preço do bezerro de ano foi cotado a R$ 1.300,00/cab, com alta de 0,98%. Com isso, a relação de troca boi/bezerro baixou para 1,76.
O mercado futuro opera estável em maio/2015. O preço subiu 0,03% e fechou em R$ 147,39/@, enquanto nas negociações para outubro/2015 o preço subiu 0,52%, com a arroba a R$ 152,87. Todos os equivalentes apresentaram baixa nesta semana, destaque para o equivalente físico, que reduziu 1,18%.
Diesel mais caro
Nos últimos dois meses foi registrado, em cotação realizada pelo Imea, o maior preço médio por litro de óleo diesel em Mato Grosso (R$ 3,08) desde o início da série em 2011, com aumento de 15,0% em relação a abril/2015. Apesar de o combustível não possuir grande representatividade no custo de produção, sua utilização é importante em diversas operações no campo, além, é claro, no transporte de animais para a indústria e, posteriormente, na distribuição da carne em si.
Apesar do aumento no preço do diesel, o poder de compra do bovinocultor melhorou 3,6%, entre abril/14 e abril/15, fechando o mês em 43,3 l/@. Isso se deve à valorização de 19,1% na arroba do boi gordo no mesmo período. De acordo com o indicativo de mercado futuro, o preço da arroba tende a continuar firme. Assim, é importante controlar todos os tipos de gastos da propriedade, tendo em vista as incertezas do cenário econômico do Brasil.