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O motivo é que boa parte dos R$ 57,9 bilhões de crédito nessa modalidade virá da LCA, recurso que sairá mais barato do que captar no mercado. O Mapa promete monitoramento constante para garantir juros menores.
– R$ 30 bilhões chegarão ao produtor em uma taxa de juros livre, mas muito inferior ao que o produtor toma hoje no mercado. A gente estima [taxa] ao redor de 12% a 13%, depende do risco do produtor e depende do banco. Isso é algo que o Ministério da Agricultura vai monitorar de perto – explica Nassar.
Dos R$ 187 bilhões para o financiamento agrícola no Brasil, cerca de R$ 57,9 bi serão ofertados ao produtor rural sem juros subsidiados. Isso significa que essas taxas serão maiores que a média de 8,75% garantida pelo governo aos agricultores empresariais. Algumas análises apontam que os juros dessa condição de financiamento podem ultrapassar 20%.
Segundo o economista José Luiz Pagnussat, os juros da LCA são mais baixos do que o praticado no mercado porque os bancos conseguem captar esse dinheiro a um custo menor, já que ele é isento de imposto de renda. Mesmo assim, a letra continua sendo um recurso livre e não tem interferência do governo na decisão sobre a que taxa de juros ele deve ser emprestado.